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sábado, 30 de abril de 2011

Por Catia: A sensação de solidão

 “Músculos, cabelos, bunda. Há quem veja só isso. Mas.... quem pode culpá-los por não terem imaginação?”  _______Pedro Bial ____________http://olhosdgueixa.blogspot.com/___________
Já sentiu a sensação de estar sozinho no meio da multidão? Sensação oca, um eco do nada e se vê perdido contemplando a vitrine da vida? Desejos secretos? Culpas? Sonhos? Uma fome que nunca acaba?

E aonde quer que vá leva a mão teimosa no queixo e se prosta atento como um espectador sedento em busca de respostas e parece que nunca seão saciadas?
É como uma criança de cinco anos, curiosa, inquieta, quisesse alcançar objetos que parecem pousar em montanhas tão altas!
Sente teus pés engessado no chão? O coração acelera implorando por chances de outrora perdidas, engasga a vontade de gritar bem alto: EU POSSO! Eu consigo sim!

Sente o desejo de ver um reboliço ainda maior em meio a tempestade, que pelo menos mude algo, a cor, a intensidade da dor, um terremoto ainda maior que faça cair a casa velha para que possa finalmente recomeçar do zero!!!???

Terei que correr o sagrado risco do acaso. E substituirei o destino pela probabilidade.   Clarice Lispector

Sacudir fortemente a poeira e mexer de sopetão naquela teia de aranha que por estar tão inalcansável ás mãos parece rir da tua incapacidade e estatura!

Se visualizar igual a uma gaivota livre, leve e em paz. VOAR!! Pousar! Planar! Rodopiar. Sentir o ar batendo no rosto e poder contemplar as maravilhas de Deus sem ter aquela névoa de lágrima impregnada nos olhos ardendo o coração.

E mesmo assim considerar que apesar do deserto a frente e a falta de água que será capaz de passar sem um arranhão tendo certeza absoluta de estar nos braços de Deus! Coragem heroíca, tão desejada e almejada, apesar de saber o quão covarde de fato és.

Consegue sentir o caos no silêncio?

Correr o sagrado risco do acaso. E substituir o destino pela probabilidade?
Ter convicção de que é a ruína que leva á transformação.

Sente um aperto no peito? Mais impressionante é saber que o presente pode ser calmo e terno e que a nossa vida é uma folha em branco, bastando simplesmente comandar um lápis e a vontade de escrever, apagar se necessário ou reescrevê-la; está em nossas mãos. Apesar de saber que o que se foi deletado; se olhar bem perto; ver que ainda está ali mesmo que uma leve e sútil sujeira. Não importando, apenas aceitando sem se cobrar.
E ainda assim se sentir tão perdido? Tendo consciência que somos senhores capazes de trazer ou afastar quem quisermos da nossa vida. Sejam eles amigos, irmãos, paixões mundanas, não importa a forma que virão ou partirão, de alguma forma fizeram parte da nossa história, se ruim ou bom, ficaram marcados de algum modo.
É se sentir confortável, mesmo acessando, vez ou outra, lugares da memória que adoraríamos inacessíveis, tristezas que não cicatrizaram, embora doer faça parte do que somos ou seremos amanhã.
Estamos incompletos ainda. Lacunas a espera do encaixe perfeito. UM SACO POR QUE TUDO TEM QUE DAR UMA VOLTA ENORME? CADÊ OS ATALHOS???

Por que será que todo sapato novo envelhece? Não entendo os motivos que levam embora as sensações que nos agarram com tanta motivação e passam tão rápidos!! QUERO QUE DUREM MAIS TEMPO!
Damos mais ênfase as tristezas, parecem mais duradouras que as alegrias. A empolgação boa esvai como areia em nossas mãos. Por quê? E mentimos para nós e para os outros de que não é bem assim, somos SEMPRE felizes sim! Mas quando deitamos a cabeça no travesseiro lá vem aquela nuvem cinza cutucando a alma cheia de devaneios. Tudo errado! Seremos tão egoístas assim?! Tão difícil aceitar as próprias fraquezas, as falhas? Vestir uma máscara do jeito que a sociedade nos impõe parece um fardo sem fim. Cada um cuide da própria vida. Não interessa saberem as somas que venho somando as derrotas!! Danem-se!
E chegamos ao ponto de olhar para as pilhas de livros que nos aguardam e concluimos que as pilhas sem respostas estão ainda maiores.
Tentar praticar em tempo integral o desapego as coisas materiais, cansa!
E aquele desejo de se entregar as coisas consideradas luxúrias não sejam tão más, nem o rótulo do pecado.

Já sentiu a sensação de estar estudando tanto, mas tanto que em dado momento parece não saber nada!??
Lembrei de uma passagem que li bem propícia...

"" Pouca gente conhece a importância da boa execução das coisas mínimas.

Há homens que, com falsa superioridade, zombam das tarefas humildes, como se não fossem imprescindíveis ao êxito dos trabalhos de maior envergadura.

Um sábio não pode esquecer-se de que, um dia, necessitou aprender com as letras simples do alfabeto.

Além disso, nenhuma obra é perfeita se as particularidades não foram devidamente consideradas e compreendidas.

De modo geral, o homem está sempre fascinado pelas situações de grande evidência, pelos destinos dramáticos e empolgantes.

Destacar-se, entretanto, exige muitos cuidados.

Os espinhos também se destacam, as pedras salientam-se na estrada comum.

Convém, desse modo, atender às coisas mínimas da senda que Deus nos reservou, para que a nossa ação se fixe com real proveito à vida.

A sinfonia estará perturbada se faltou uma nota, o poema é obscuro quando se omite um verso.

Estejamos zelosos pelas coisas pequeninas pois são parte integrante e inalienável dos grandes feitos. Compreendendo a importância disso, o Mestre nos interroga no Evangelho de Lucas: " Pois se nem podeis ainda fazer as coisas mínimas, por que estais ansiosos pelas outras ?"


E despertamos! E percebemos que todos aqueles pensamentos se esvaíram e nos tomaram apenas alguns minutos da vida.

Sabem a fraqueza? Sabem as perguntas sem respostas? Não importa! Nunca importou e em nenhum momento lá na frente da nossa vida que foi ínfma perto do que conseguimos construir no meio dos escombros, das pedras, dos espinhos. E foram essas fraquezas que nos fizeram ser fortes. Os covardes-corajosos! O duvidoso se fez certeza! Tão simples sabem por quê? Porque continuamos andando mesmo em companhia das dores devido as bolhas nos pés. Ofegantes, mas cheio de fé.

É ter convicção que a vitrine que observamos em diversas passagens da nossa vida um dia estaremos com pedras suficientes nas mãos para quebrá-los e assim tomar posse daquilo que tanto almejamos.


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A VITÓRIA ESTA LOGO ALI A NOSSA FRENTE.

Estique um pouco mais a mão e poderá tocá-la enfim.

No final das contas é tudo questão de tempo. PERDEDOR É AQUELE QUE DESISTE.


Fico bêbada de sono. Sou viciada em chocolate. Choro de tanto rir. Me mato de tanta curiosidade. Abandono coisas ruins. Mudo só se for para melhor. Cuido do que amo. Faço shows durante o banho. Planejo conversas que nunca serão ditas. Me imagino em filmes. Imagino situações que me trazem facilmente um belo sorriso no rosto. Sou indecisa e determinda. Estranho não é? Vivo me contradizendo… Mudo tantas coisas, menos o meu caráter. Mas quer saber de uma coisa? Eu sou feliz assim.


E sabem aquela sensação de estar sozinho em meio a multidão? É tão passageira quando fechamos os olhos e nos prostramos indagando a Deus implorando forças. E sentimos um abraço quente envolto que aquece de forma mágica mais uma vez o coração e a alma. E se levantamos igual a um gigante pronto para próxima batalha.


E de fato com todas as pessoas acabam sendo o mesmo processo - sejam elas e suas crenças - ou - simplesmente a fé em si mesmo!


Como é bom concluir que ainda não acabou, não é mesmo? Um alívio toma conta e acordamos do pesadelo, enfim.

Então vestimos novamente os nossos sapatos e nos armamos para a próxima batalha. PODE VIR, eu aguento sim!


Tenham um lindo final de semana.


Beijos da Pipoca.


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