
Já sentiu a sensação de estar sozinho no meio da multidão? Sensação oca, um eco do nada e se vê perdido contemplando a vitrine da vida? Desejos secretos? Culpas? Sonhos? Uma fome que nunca acaba?
E aonde quer que vá leva a mão teimosa no queixo e se prosta atento como um espectador sedento em busca de respostas e parece que nunca seão saciadas?
É como uma criança de cinco anos, curiosa, inquieta, quisesse alcançar objetos que parecem pousar em montanhas tão altas!
Sente teus pés engessado no chão? O coração acelera implorando por chances de outrora perdidas, engasga a vontade de gritar bem alto: EU POSSO! Eu consigo sim!
Sente o desejo de ver um reboliço ainda maior em meio a tempestade, que pelo menos mude algo, a cor, a intensidade da dor, um terremoto ainda maior que faça cair a casa velha para que possa finalmente recomeçar do zero!!!???

Sacudir fortemente a poeira e mexer de sopetão naquela teia de aranha que por estar tão inalcansável ás mãos parece rir da tua incapacidade e estatura!
Se visualizar igual a uma gaivota livre, leve e em paz. VOAR!! Pousar! Planar! Rodopiar. Sentir o ar batendo no rosto e poder contemplar as maravilhas de Deus sem ter aquela névoa de lágrima impregnada nos olhos ardendo o coração.
E mesmo assim considerar que apesar do deserto a frente e a falta de água que será capaz de passar sem um arranhão tendo certeza absoluta de estar nos braços de Deus! Coragem heroíca, tão desejada e almejada, apesar de saber o quão covarde de fato és.
Consegue sentir o caos no silêncio?
Correr o sagrado risco do acaso. E substituir o destino pela probabilidade?
Ter convicção de que é a ruína que leva á transformação.
Sente um aperto no peito? Mais impressionante é saber que o presente pode ser calmo e terno e que a nossa vida é uma folha em branco, bastando simplesmente comandar um lápis e a vontade de escrever, apagar se necessário ou reescrevê-la; está em nossas mãos. Apesar de saber que o que se foi deletado; se olhar bem perto; ver que ainda está ali mesmo que uma leve e sútil sujeira. Não importando, apenas aceitando sem se cobrar.
E ainda assim se sentir tão perdido? Tendo consciência que somos senhores capazes de trazer ou afastar quem quisermos da nossa vida. Sejam eles amigos, irmãos, paixões mundanas, não importa a forma que virão ou partirão, de alguma forma fizeram parte da nossa história, se ruim ou bom, ficaram marcados de algum modo.
É se sentir confortável, mesmo acessando, vez ou outra, lugares da memória que adoraríamos inacessíveis, tristezas que não cicatrizaram, embora doer faça parte do que somos ou seremos amanhã.
Estamos incompletos ainda. Lacunas a espera do encaixe perfeito. UM SACO POR QUE TUDO TEM QUE DAR UMA VOLTA ENORME? CADÊ OS ATALHOS???
Por que será que todo sapato novo envelhece? Não entendo os motivos que levam embora as sensações que nos agarram com tanta motivação e passam tão rápidos!! QUERO QUE DUREM MAIS TEMPO!
Damos mais ênfase as tristezas, parecem mais duradouras que as alegrias. A empolgação boa esvai como areia em nossas mãos. Por quê? E mentimos para nós e para os outros de que não é bem assim, somos SEMPRE felizes sim! Mas quando deitamos a cabeça no travesseiro lá vem aquela nuvem cinza cutucando a alma cheia de devaneios. Tudo errado! Seremos tão egoístas assim?! Tão difícil aceitar as próprias fraquezas, as falhas? Vestir uma máscara do jeito que a sociedade nos impõe parece um fardo sem fim. Cada um cuide da própria vida. Não interessa saberem as somas que venho somando as derrotas!! Danem-se!
E chegamos ao ponto de olhar para as pilhas de livros que nos aguardam e concluimos que as pilhas sem respostas estão ainda maiores.Tentar praticar em tempo integral o desapego as coisas materiais, cansa!E aquele desejo de se entregar as coisas consideradas luxúrias não sejam tão más, nem o rótulo do pecado.Já sentiu a sensação de estar estudando tanto, mas tanto que em dado momento parece não saber nada!??Lembrei de uma passagem que li bem propícia..."" Pouca gente conhece a importância da boa execução das coisas mínimas.
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